Levantamento da Bloomberg indica que o Brasil já tem potencial para produzir o H2 verde mais barato do mundo. O custo nivelado ficaria entre US$ 1,7 a US$ 3 o quilo. Em 2030, esse custo cairia para US$ 1 o quilo. Segundo Camila Ramos, o Nordeste brasileiro tem o potencial para oferecer mais de 107 GW de projetos eólicos e solares para produção de hidrogênio verde até 2030.”‘O Brasil tem tudo para ser líder e abraçar esse desafio”, observa.
Ela apresentou ainda estimativas que indicam que o hidrogênio verde será capaz de suprir 14% de toda a demanda energética dos Estados Unidos até 2050. Na União Europeia, que em 2050 quer ter uma economia net zero, o hidrogênio deverá responder por 24% da demanda de energia.
Para a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, Elbia Gannoum, o potencial de atração de investimentos por conta do hidrogênio verde é enorme. Porém ela considera que há muitos projetos de fontes renováveis autorizados, mas com baixa demanda para viabilizá-los. “Nosso problema é gestão do excesso e oferta, temos que ter competência para fazer a gestão da abundância”, avisa. Segundo ela, a associação está de olho nas novas tecnologias como a do H2 verde, porque elas acabam por trazer mercado para a fonte eólica. Ela pediu ainda um olhar sobre o deslocamento da curva de demanda, em um novo patamar para atender a demanda do energético verde que o mundo necessita.