De acordo com a quarta edição anual da Global Electricity Review, publicada na última segunda feira, 15 de maio, a energia eólica e a solar reduziram a participação da energia a carvão nos países do G20 desde o Acordo de Paris. O relatório foi produzido pelo think tank Ember. Apesar do aumento na participação, a transformação ainda não está ocorrendo com rapidez suficiente para a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global bem abaixo de 1,5°C. O Brasil tem a maior parcela de eletricidade limpa do G20. Em 2022, o país gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes limpas, o que inclui 63% de energia hidrelétrica, 12% de energia eólica e 3% de energia solar. Os combustíveis fósseis foram responsáveis por 11% da geração do Brasil em 2022, sendo a maior parte deles gás (7%).
Os dados revelam que, nos países do G20, as energias eólica e solar atingiram uma participação combinada de 13% da eletricidade em 2022, em comparação com 5% em 2015, quando o Acordo foi firmado. Nesse período, a participação da energia eólica dobrou e a participação da energia solar quadruplicou. Como resultado, a energia a carvão caiu de 43% da eletricidade do G20, em 2015, para 39%, em 2022. As participações de outras fontes de eletricidade permaneceram praticamente estáveis, com flutuações de apenas 1 a 2 pontos percentuais.